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Dia dos Professores: 5 docentes que também apostaram no empreendedorismo

15/10/2025
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Neste Dia dos Professores (15/10), o Brasil celebra os profissionais que fazem parte do cotidiano de milhões de estudantes. Segundo o Censo Escolar 2024, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), o país conta com 2,4 milhões de docentes na educação básica, que abrange a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio.

Além das salas de aula, muitos desses professores também têm buscado novos caminhos profissionais. O empreendedorismo tem se mostrado uma alternativa.

De bonecas representativas da cultura negra a hambúrgueres temáticos, cinco educadores transformaram suas experiências em negócios que unem criatividade, propósito e aprendizado.

1. Bonecas e jogos de cultura negra

Quando decidiu cursar pedagogia, Fernanda Domingos viu no artesanato uma forma de complementar a renda e arcar com os custos da faculdade. Mãe solo de três meninas, ela fundou a Pretitas da Fê, marca com foco na cultura negra que começou com a produção de chaveiros e, com o tempo, expandiu para bonecas, jogos e oficinas.

A empreendedora conta que a escolha por artigos representativos de sua cultura nasceu da frustração por encontrar poucas referências de trabalhos com esse foco. No último ano, o negócio chegou a faturar até R$ 3 mil por mês, com cerca de 15 bonecas vendidas mensalmente — número que cresce em datas comemorativas e eventos. As vendas acontecem principalmente pelo WhatsApp e Instagram, além de feiras e exposições na Grande São Paulo.

Com a experiência de sala de aula, Domingos criou também um jogo da memória afro, que reúne símbolos como o pente-garfo, o tambor jambé e o baobá. A ideia surgiu da falta de materiais criativos para o ensino nas escolas e se tornou um instrumento lúdico de valorização da cultura negra.

2. Academia ao ar livre
O professor de educação física Malthus Medeiros, de Caicó (RN), começou a testar o modelo de academia ao ar livre no início da pandemia, em 2020. Na época, utilizava equipamentos emprestados e transportava tudo no porta-malas do carro. A iniciativa nasceu depois de ouvir as queixas de alunos de academias convencionais, onde trabalhou por anos.

Dois anos depois, ele fundou oficialmente a Hiit Truck, negócio que oferece treinos funcionais de alta intensidade em espaços abertos.

As aulas acontecem de segunda a quinta-feira, com sessões de 40 minutos nos horários de 5h, 17h, 18h e 19h. A primeira semana é gratuita, e os planos custam a partir de R$ 60, sem cobrança de matrícula ou taxa de inscrição. O modelo começou a se expandir também por meio de franquias.

3. Livros antirracistas
A professora paulista Josy Asca enfrentou o racismo desde cedo e transformou suas vivências em força para empreender. Formada em pedagogia e pós-graduada em gestão escolar, africanidades e cultura afro-brasileira, ela começou a difundir esses temas ainda na faculdade. Depois de se tornar mãe de Jorge Alexandre, uma criança branca, decidiu criar livros que retratam o tema.

Lançado em 2021, o livro “O Amor Não Tem Cor” aborda as discriminações vividas por sua família e valoriza a ancestralidade por meio de uma árvore genealógica que explica as heranças físicas e culturais. Outras obras, como “Akin e Sua Cor Preciosa” e “Lute Como uma Professora Negra”, também buscam promover o empoderamento e o combate ao preconceito.

A empreendedora é responsável por todo o processo de criação, divulgação e comercialização dos livros, que são vendidos de forma personalizada pelo Instagram @escritora_josyasca e nas palestras que realiza.

4. Labubus personalizados
O professor de artes norte-americano Ellis Stephens encontrou uma nova fonte de renda ao personalizar Labubus, pelúcias colecionáveis da chinesa Pop Mart que viraram febre em 2025. O educador começou o negócio como forma de custear materiais para suas aulas e, com o tempo, transformou o hobby em um ateliê que agrega exclusividade aos brinquedos.

Antes de começar o expediente na escola, Stephens acorda às 3h30 para produzir os itens, aplicando pedras, piercings e até tatuagens feitas com agulha e tinta. Cada peça é adaptada ao estilo do cliente, que pode pedir desde desenhos de animais de estimação até tatuagens idênticas às suas.

O professor cobra cerca de US$ 217 (R$ 1,1 mil) por cada boneco, mas já planeja elevar o valor para US$ 300 (R$ 1,6 mil), acompanhando o aumento da demanda por suas customizações.

5. Hambúrgueres temáticos
Além de publicitário e professor universitário em Santos (SP), Fernando Russell é o criador da hamburgueria Seven Kings, conhecida por unir gastronomia e cultura geek. A ideia surgiu em 2012 com o canal do YouTube Maravilhosa Cozinha de Jack, onde ele apresentava suas invenções culinárias.

O sucesso o levou, cinco anos depois, a vencer o concurso Melhor Hambúrguer do Brasil, do programa Mais Você, e abrir a hamburgueria ao lado dos amigos Felipe Prieto e Rodrigo Seirafe.

Com decoração medieval e cardápio inspirado em reis reais e fictícios, a Seven Kings conquistou o público nerd com seus lanches temáticos e colecionáveis. Em 2022, o negócio alcançou faturamento de R$ 6,7 milhões.


Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios

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